Sino dos Ventos.
Sino dos ventos.
A janela está aberta, ouço o sino dos ventos
trazer uma linda melodia.
Que no tempo me faz retornar, a uma época onde não havia medo,
só momentos de pureza e liberdade, daqueles que sonham
que é mentira a própria realidade.
E fazem da liberdade dias de carinho, amor e perfeição,
enquanto veêm na união,
de sonhar e dividir esses sonhos, a única causa de viver, pelo simples fato
de não saber caminhar sem mudar o que ainda não aconteceu.
Nesse tempo bastava uma bola, podia ser até de meia,
pra jogar na quinta da Boa Vista. Soltar pipa ou jogar peão
grama molhada, sol na cara e pé no chão
e banho de chuva quando o tempo mudava.
Fim de semana de sol, praia do diabo ou melhor
praia do arpoador, rima melhor com amor e pela sua beleza merece,
pois tinha até um circo, um circo voador.
Quem diria pra onde esse circo vôou e tantos sonhos embalou
que nem o tempo apagou.
Daí pra parati. De parati pra trindade e com saudade
lembrar de um tempo em que não tinhamos idade
enquanto a natureza era a melhor paissagem
de um roteiro de amor e felicidade
em que os sonhos naquele momento eram realidade.
E o que é a felicidade? Senão momentos que passamos juntos
sem se preocupar com o passado ou pensar no futuro
pois tinhamos tudo, estavamos juntos e não tinhamos mais nada,
e nem precisava, porque na verdade sem você minha vida não tem
GRAÇA.
Ricardo, 09/05/ de antes de eu nascer.