EMBALOS DE SEXTA A NOITE
no som aqui, toca Fagner
no peito sinto, saudade
na geladeira, tem cerveja
no fogão, tem paixão, ardendo, junto com amendoim.
assim relato, esse fatos, que ninguém vê
tão pouco lê.
me embalo, me embriago
e com a visão turva
ouso te visualizar, no canto da sala
que você costumava ficar
me fintando, quase que em amando.
então me pego aos prantos
reparando hoje
que tudo que lá existe, é o vazio
deixado por você
me apresso, tem cheiro de queimado
meu amendoim torrado, queimou.
claro que isso não seria motivo
para eu chorar
mas choro
porque é isso que me resta
então assim
no peito um trago, de cigarro
na varanda lá de casa.
esses são meus embalos
nessa sexta.