NA PRAIA DA ILUSÃO

Sobre a areia branca onde o frio avança,

sob o sol a se findar com uma brisa suave,

um encontro breve, como uma dança,

desperta duas almas e logo se evade.

Era como o tempo que, ali, parasse,

e que os seus olhares se encontrassem,

numa troca de risos, que se abraçassem,

e que a fugacidade do instante se encantasse.

No horizonte se despede o sol, no ocaso,

pintando o céu, por um momento, alaranjado,

onde o mar sussurra segredos ao vento,

quando, ardentes, se amaram ao acaso.

Encontro tão rápido quanto veio, se desfez,

como uma estrela cadente que se despede,

restou apenas saudades, um quê de insensatez,

lembranças que o coração se enternece.

Na praia, agora, reinam silêncio e solidão,

entre o eco de uma melodia distante,

um efêmero encontro, uma bela canção,

que deixou na memória uma marca constante.

E mesmo que os caminhos, deles, se afastem,

e a chance de se reencontrarem, enfim, se acaba,

na memória fica a lembrança bem guardada,

para que esses momentos nunca se acabem.

Autor: Claudianor Dantas

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