QUANDO A SAUDADE VISITA!

Bateu a saudade em minha porta

e deixei ela entrar.

Oferecí antigos albúns,lareira acesa

e xícara de chá.

Dei à ela, a melhor poltrona prá sentar.

Defumei o ambiente,com aroma de lavanda.

De fundo podía-se ouvir,

uma clássica música branda.

Ascendí velas, que estiveram sempre apagadas.

Ajeitei as dúzias de almofadas.

Fiquei em silêncio, prá ouvir o silêncio,

que silêncioso, não dizia nada!

Na estante, o vidro do porta retrato

refletiu em meu olhar.

A saudade levantou-se

prá ver o que estava à brilhar.

E não viu brilho algum na foto,

que começava à desbotar.

E descobriu que tal brilho,

eram minhas lágrimas à rolar!