Um coração palmarino

Manda-me das fádicas lisboas tristes

todas as tuas londres desensolaradas

e alguns brasis alegres

ou alguma russa vodcamente embriagada

para que minh’alma não me seja lívida.

Orientam-me os orientes todos

de Bagdá a Pequim

e se alguma coisa te for ruim,

deixa-a nos infindáveis pólos

onde namoro sem casacos.

Vou a Roma ver o rei

ou comer doces sushis no teu Japão,

mas apenas em minha União

poderei deixar pra sempre a minha alma.