CARMEN

A Carmen

-que se foi tão jovem ainda-

Carmen, carmesim da lembrança

Teu perfume a jasmin da bonança

Aos meus olhos tristes, esperança

Trazes-me ao pensamento o sorriso

Que ao meu sentimento era aviso

Da tua partida abrupta, improviso

Não vi nos teus olhos verdes audazes

Nos momentos fortuitos, lilases

Que passamos... tão lindos, fugazes

Onde fostes? Onde estás?

Quisera agora encher o peito e num grito

Ecoar teu nome entre os volteios do vento

Para que trouxesses ao meu coração o alento

E o carinho sereno de que necessito

Carmen, Carmencita, Carminha!

Lisboa, 01/02/2008

Daniel Amaral
Enviado por Daniel Amaral em 02/02/2008
Reeditado em 06/02/2008
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