Saudade

Saudades

Já não vou mais visitar-te o jazigo,

Lá me acho triste...sem chão

Quando contemplo a cruz, antiga sentinela

Erguida ao lado de uma goiabeira

Que ali nasceu.

Prefiro não ir,

Busco a memória e vejo-te comigo

Sorriso meigo, calmo, amigo,

Eras tão bela!

Vejo-te em sonhos

Sob o verde de aquarela

E teu sorriso me cala o coração,

Estás linda nesta minha visão!

Recordo do dia que tu partiste!

Já sabias que a hora chegava

E querias teus amados do lado

Nem todos vistes em vida!

Mas mesmo assim Mãe, tu fostes

Pois era vencido o tempo,

Hoje nas Moradas Celestes tu vives

A espera dos teus amores.

Venho falar-te, em prece enternecida

Do amor imenso que a ti tenho,

Não me deste a vida, ensinaste-me a vivê-la

E caminhar só, por mim mesma.

Sinto a tua falta!

Sinto saudades Mãe, dos teus carinhos

E de tuas mãos no meu rosto

Do afago suave e sincero de Mãe.

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 04/02/2008
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