VOLTE, AMOR

Tenho os olhos úmidos.

Aperte minha mão.

Tenho uma dor...

É lá no fundo...

... do coração.

Seria tão mais fácil meu viver se eu conseguisse te esquecer.

Mas não posso.

Porque do teu beijo ficou o gosto.

Todo dia eu me lembro do teu abraço.

De quando eu me deitava no teu regaço.

Tenho os olhos brilhantes.

Da lágrima que não cai.

Da lágrima represada.

Começo a dar risada.

De tudo.

De nada.

Aperte minha mão.

Estou tão sentida.

Querendo tanto, tanto que voltes a fazer parte da minha vida.

Volte, amor.

Vamos caminhar de braço dado.

Vamos percorrer os caminhos do passado.

Aquela sorveteria ainda existe.

E isto me deixa triste.

Quando passo por ela vejo lá um dentro um casal a sorrir.

Um casal que só eu existe no meu imaginar.

Este casal lá nunca mais vai voltar.

Ou vai?

Volte, amor. Eu quero tanto.

Tomar sorvete na taça.

Achar graça...

Ó! Estou chorando...

A lágrima represada encontrou no meu rosto uma estrada...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 27/02/2008
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T877941
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