Perda Persistente
[Ao meu pequeno, que se foi]
A dor sempre bate mais forte
O amor não consegue consolar
Esta perda ainda me é consorte
Nem o fino trato pode disfarçar
Amor de minha vida
Amor que ninguém pode entender
Minha companhia amiga
Minha conversa sem palavras é você
Filho meu, tal poesia não escrita
Filho meu, que não posso embalar
Eu, tua mãe, sinto-me perdida
Eu, tua mãe, não te quero mais amar
Pois me dói amar-te sem tua presença
Em desespero clamo não ter memória
Para não desejar morrer com urgência
Para não ter mais a vida em tal escória