MINHA FILHA

Ainda bem pequenina, nas primeiras lágrimas,

Quando a embalava com meus cansados braços.

Via sua rósea e delicada face de anjo,

Quanta meiguice e pureza em seu olhar.

Eu pude com meus emocionados lábios beijar.

O tempo passou e essa linda flor desabrochou,

Meu orgulho foi crescendo com tanta formosura.

Oh! quantas horas não passei ali sentado,

Seus cabelos loiros e cheirosos a acariciar.

Quantos momentos de ternura eu admirei.

Não fui sequer o grande ídolo sonhado,

Mas por ela todo o meu amor foi dedicado.

Eu um pai tão jovem, que vi meu sangue,

Por um sublime amor surgir em minha vida.

Minha filha ! Minha pequena e adorável.

Que me prende aos orgulhos da vida,

Se errei não sei se serei punido pela dor,

Choro aos pés da cruz e padeço de saudade.

Aquela linda e formosa rosa púrpura,

No exílio de um pai com o coração partido,

Sinto a falta de minha adorada princesa.

Sinto um enorme vazio com a sua ausência,

Foram tantos anos de toda atenção dedicada.

Sua presença de orgulho sempre me alegrou,

Meus simples e sinceros carinhos a ela ofertados.

Sei que sofro uma amarga dor pela distância,

De um amor verdadeiro de pai que nunca morreu.

Por força do ingrato e cruel destino; hoje separados.

Marolla
Enviado por Marolla em 04/04/2008
Reeditado em 30/07/2021
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