RELÍQUIAS

Eu ainda choro no cinema,

dou bom dia aos velhinhos

e faço poemas.

A minha alma não reciclada,

gosta das coisas que duram.

O abajur no canto do quarto,

o parto das coisas que renascem

sem terem morrido...

Aprecio o cheiro do tempo que

adormeceu no velho dicionário.

Eu ainda guardo retratos antigos,

cheios de rugas e arranhaduras.

Sou cheia de manias eternas,

de ternas lembranças que sorriem

num canto da sala, empoeiradas de

vida...

LuciAne 17/04/08

18:21

POESIA ON-LINE

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 17/04/2008
Código do texto: T950348
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