QUANDO ESTAVAS AQUI

a G. S. em amada memória

Quando estavas aqui

o mistério era perfumado,

e os trovões se reconheciam

nas inconstâncias dos céus.

O mundo era meu

e eu acreditava nele.

Não doía e não era sombra.

Mas pelos cantos das tardes,

quando o sol se põe,

ainda te encontro.

Quando levanto os olhos

para melhor ouvir o pássaro

que me responde:

boa noite.

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/05/2008
Reeditado em 13/01/2009
Código do texto: T993770
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