INDOLÊNCIA

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Indolência

Indolênte vazio

de versos

imersos em solidão

viagem ao avesso

regresso

ao fundo do poço;

quantos sonhos para guardar

na clareira barrenta da chuva,

baús empoeirados.

Por que versar,

chorar estreitas letrinhas

imperfeitas entrelinhas,

onde a poesia?

Caminhos obscuros,

brotam espinhos.

Ana Wagner

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