*** Meus eus divagam***

 

A chuva é fria...

E a rua aos poucos esvazia!

Nela há somente vagas...

À um olhar tristonho e perdido

E à uma alma que procura e divaga!

Engelhada...

Em seus eus incompreendidos...
                        ****

Entrelaçados nas distâncias!

O tempo num tom distraído...

Esconde o seu eu da Esperança!
Circunda-o num ardil... Envolvendo!

E em gestos acanhados...

Vai rubricando seus medos...

Pelas vielas e becos alagados!

Trespassando ser de incertezas

Violando a guarda da resistência

Fustigando-a... 
No seu eu de tristeza!

Cobrando-lhe... Sutil reverência
                    ****

Ah! Se possível fosse...

Converter suas buscas...

Apagando esta cortina...
Que o tempo ofusca... Incorporando

A são e salvo... Seus eus, num todo.

Um ser inteiro... Inquebrantável!

Em suas retinas... 
Impetuoso ser, alma e punhos
Inexorável...
 
No ringue do seu destino,
Que à seus rogos... Então cedentes!

À o seu princípio e fim... Inerentes

Possam... Vir à tona e ser palpável!
                    ***
(  21/06/2008 )
( Friorento, ventoso... dia no Sul  dos Pampas... Sua senha p/ acessar o início do Inverno! )

IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 21/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1044862
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