Bruxa Lillith


Eu morri enforcada

E meu espírito carregou a traição.

Anos a fio

Eu arrastei as cinzas do meu coração.

 

Por caminhos sem fim

Onde começa a caminhada. Começa mas nunca termina.

Pela estrada da Morte

Nem parece mais, que sou apenas uma menina.

 

Eu nunca escutei ninguém

Achava que a verdade era só minha.

E nesta crença infeliz foi que depositei minha vida e minha alma

Junto àquelas ervas daninhas.

 

No fundo eu só queria

Todo o tempo eu só procurei

A minha salvação.

Tentar sair de uma vida que não me agradava, foi assim que errei.

 

Porque a mentira pode viver em qualquer esquina

E a traição não escolhe hora.

A maldade vive sempre onde menos se espera

E a Morte pode vir sem nenhuma demora.

 

Era apenas uma criança quando

Meu pai trouxe o meu caixão

E eu fiquei olhando para àquilo

Sem entender a razão.

 

Ele tentou tirar a corda do meu pescoço

Mas o nó não quis sair.

Ele rogou a Deus que recebesse o meu espírito, antes de depositar meu corpo,

Mas o meu espírito não quis sair.

 

Meu pobre pai tornou-se um assassino, viveu e morreu assim

Minha pobre mãe deu um banho de sangue no mundo, e morreu louca

E tudo isto aconteceu

Única e exclusivamente por minha culpa.

 

 

Quem me traiu e me matou

Já morreu, e novamente já voltou

E estão à caminhar pela Terra

Fazendo a mesma coisa novamente, ninguém mudou.

 

Meu pai está no Inferno

Minha mãe também já voltou, e continua como ela sempre foi.

E eu estou nas sombras, nem viva nem morta

E meus inimigos que não perdem por esperar, pois eu me vingarei!

 

 

Allegra Lillith Dominguez
Enviado por Allegra Lillith Dominguez em 28/06/2008
Código do texto: T1055502
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