Caixa Preta

Pequena e misteriosa ,

As máximas e mínimas , o fim

Uma caixa apenas assim

Os momentos ... a luta criteriosa ...

Pequena e preta intocável

Uma caixa de pandora

Uma grande senhora

De sonhos e tão amável.

Comparável a massa

Encefálica que assa

Apenas seus neurônios

Transformando-os em polimônios.

Reinventando a trigonometria

A matemática a simetria

De uma mente poluída

Que devia ser diluída.

Uma revolta líquida ,

Uma mensagem fluída

Sequestra...

E ufana minha sina.

Uma caixa com tantas relíquias,

Tão perfeita e emoldurada

Segredos ... jóias ...

Quinquinharias...

Lembranças , sonhos , projetos ,

Na memórias e em versos

Muitas coisas , muitos vetos e insetos

Uma caixa apenas e seu inverso.

Abri- la ou não ? Lacrá-la ?

De vez para que seus segredos

Continuem no silêncio ...

Fiquem para sempre adormecidos