Jekyll e Hide
As vezes me vejo um titã
Bem acima de tudo e todos
Sentado em meu divã
Rindo e cantando a desgraça dos tolos.
As vezes me vejo um mero mortal
Frágil, egoísta e triste
Que bebe num cálice o próprio mal
E finge que a vida não existe
Vejo-me agora em um conflito direto
Entre o Yin Yang, entre o escuro e o luminoso
Vejo tudo bem de perto
Enquanto nasce em mim um monstruoso
que tem o mesmo semblante, o mesmo rosto...
da mágoa, da raiva e do desgosto