Réquiem para uma menina sem amor
quando minha poesia loira e exuberante
- e com um rabo enorme -
se transformar num homenzinho de terno cinza
e olhos foscos
a morte
a morte a morte a
a morte morte
a morte!
a morte
é iminente. a culpa é sua também você
se transoformará numa linda estrela e esperta e grande intelectual.
fato com o qual
nada tenho a ver.
(mas queria.)
você e um exército de amazonas
- semi-nuas -
cuspindo em meus ossos
e minha poesia, trêmula como o reflexo de um rato
se transforma, lentamente, grisalha, chorosamente
em cinzas de um homenzinho.
a morte a morte
a
m a morte a morte
o
r a morte a morte (a morte.)
t
e a morte
a morte! (a morte.)
a morte! a morte!
a morte!
(a morte.)