O SOPRO DO ESPÍRITO SANTO ( ANTÍDOTO FATAL CONTRA O VENENO DE BAAL - A TRISTEZA! )

Para a poetisa Miroca

aqui do Recanto.

Eis que na manhã que se inicia

Um sopro de coragem sacode a alma:

Não simplesmente o passar de uma brisa

Mas o de um verdadeiro furacão que atravessa

De norte a sul , de leste a oeste

As regiões mais longínquas do ser...

Varre com força e poder

Os detritos que insistem em permanecer

Como se fossem verdadeiras propriedades da alma:

Desilusão, tristeza, amargura,

Vontade incontrolável de chorar,

Certeza absoluta de que nada

( nem um projeto sequer!)

Dará certo...

Varre... Varre... Varre...

Não deixa um pedacinho só que seja

( Um pedacinho de lixo mental )

Ali permanecer:

Varre, varre

A crença na Aids;

Varre, varre

A crença no câncer;

Varre, varre

A crença no diabetes;

Varre outras crenças mais

Todas iguais...

Sim, um sopro de coragem sacode a alma!

E então o homem se levanta

Não timidamente, não covardemente

Mas absolutamente convencido

De que , neste dia , o universo todo

Estará conspirando a seu favor:

Admiravelmente o universo estará

Planejando o seu sucesso

A sua vitória!

Quando então pela tarde

O sol já se despede no horizonte

E a noite insinua sua chegada

Com a face iluminada ele aparece

E o sopro do Espírito que o levara

Ainda furacão quer carregá-lo

E a mão do Criador que o conduzira

Poderosamente sobre ele

Deseja ainda mostrar-lhe Seus caminhos!

Ele então

É como um balão inflado e prestes a estourar

Mesmo depois de tanto caminhar:

Nesse fim de tarde , início de noite

Ele não é um alquebrado

Um deprimido, um derrotado

Um pessimista , infeliz artista especializado

Nas artes da dor...

Um vencedor

( Íntimo das madrugadas

Marchetadas de cintilantes estrelas

Quando, no pó

É ele e Deus – e só!)

Conhece o antídoto eficaz

Contra o maldito satanás

Que é o pai de toda a tristeza

De todo pessimismo e baixo astral,

Sedutor de almas ingênuas

Que dizem apenas “– que delícia é sofrer Oh! Baal!”

Íntimo das madrugadas

Dialoga com anjos, arcanjos e

Querubins;

Transcende toda a razão

E mergulha de coração

No oceano do Espírito!

E ora

E ri e chora

E pouco a pouco

Vai parecendo um louco

E tem visões celestiais

Ao que suplica em prantos:

Mais! Mais!

Até que a luz do dia

Ilumina o quarto seu

E eis que a manhã se inicia

E um sopro de coragem lhe sacode a alma...

Grandiloqüente poesia

Novo Moisés , do pó ele se levanta

Enquanto sua alma ri e canta:

Descendo do Sinai

Confiantemente ele sai

Continuando a busca da terra prometida:

O seu sucesso na vida!

E como se fora um menino

Ele se permite levar

Pelos caminhos da glória

Em direção à vitória

Sob a luz do Divino.

CAVALAIRE
Enviado por CAVALAIRE em 05/02/2006
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