Verdade ou consequência?!
Verdade ou consequência?!
Silêncio que me perturba, diferente daquele que busco na imensidão de ecos em que vivemos.
Poderia ser eu um pouco dessa inconstante natureza,
Mas não sou! Fujo!
Evito a injustiça com um grito
Com uma voz que se voasse te calaria para sempre.
Não tenho o poder da serenidade
Mas ninguém me cala a força do abraço.
Confuso? Não! Justiça feita entre palavras.
Vontade de te gritar até à exaustão
Mas as minhas palavras são poucas perante a revolta que me preenche.
Estou rouca e cansada da mentira e do engano de outros
Verdade ou consequência? Verdade!
Faz-me a pergunta que eu respondo
Não preciso de pensar
Sai
Flúi
Espontânea como sempre...
Não sou como pensas
Nem aquilo que fizeste de mim
Mas sim sou fruto do que a vida me deu, e tirou.
As minhas palavras são soltas, livres para uns,
Um pássaro preso que não voa para outros...
E para ti
Não me resta nada
Estou sem palavras
Na agonia do desespero
Porque me perturbas a alma
Despertas a cidade inteira que me habita
E revoltas este arraial mais pobre
Quando se solta.
Ricos são as medalhas
E eu não as tenho
Não tenho moedas nem agulhas
Apenas letras que me compõem e realizam.
É isto que tenho para dar
Nada mais que isso
Porque estou cansada e a vida está nua e crua.
Por isso, como sabes
Não consigo gritar ou falar
Entendo-me melhor com as palavras escritas
É isso que sou
Foi isso que a vida me fez
E me deu em efeitos de silêncio e serenidade.
Verdade ou consequência?
Verdade...