Verdade ou consequência?!

Verdade ou consequência?!

Silêncio que me perturba, diferente daquele que busco na imensidão de ecos em que vivemos.

Poderia ser eu um pouco dessa inconstante natureza,

Mas não sou! Fujo!

Evito a injustiça com um grito

Com uma voz que se voasse te calaria para sempre.

Não tenho o poder da serenidade

Mas ninguém me cala a força do abraço.

Confuso? Não! Justiça feita entre palavras.

Vontade de te gritar até à exaustão

Mas as minhas palavras são poucas perante a revolta que me preenche.

Estou rouca e cansada da mentira e do engano de outros

Verdade ou consequência? Verdade!

Faz-me a pergunta que eu respondo

Não preciso de pensar

Sai

Flúi

Espontânea como sempre...

Não sou como pensas

Nem aquilo que fizeste de mim

Mas sim sou fruto do que a vida me deu, e tirou.

As minhas palavras são soltas, livres para uns,

Um pássaro preso que não voa para outros...

E para ti

Não me resta nada

Estou sem palavras

Na agonia do desespero

Porque me perturbas a alma

Despertas a cidade inteira que me habita

E revoltas este arraial mais pobre

Quando se solta.

Ricos são as medalhas

E eu não as tenho

Não tenho moedas nem agulhas

Apenas letras que me compõem e realizam.

É isto que tenho para dar

Nada mais que isso

Porque estou cansada e a vida está nua e crua.

Por isso, como sabes

Não consigo gritar ou falar

Entendo-me melhor com as palavras escritas

É isso que sou

Foi isso que a vida me fez

E me deu em efeitos de silêncio e serenidade.

Verdade ou consequência?

Verdade...

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 07/02/2006
Código do texto: T109015