Cala-te alma

Diante de tanta tristeza
Sensível perde a beleza
O brilho, a cor
Ronda noites sem fim
Procura pedaços de mim
Olhos vagam o horizonte
Confundem-se com gotas que embaçam
A visão do corpo docente,
Alma, triste alma
Cala-te em nervos terrenos
Dissolve cálice em veneno
De vasta solidão do ser
Vaga entre ruelas escuras
Como se fosse tua
Palha deixada em um canto
Alma triste, solitária alma...
O medo detona a razão,
Com mãos nuas busca
O nada, do nada em vão
Cala-te alma o segredo
Deixa-te o ser sem perdão
Com olhos banhado em lágrimas
Alma se perde na escuridão
Cala-te alma...cala-te! 

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Cláudia Aparecida Franco de Oliveira
Recreio dos Bandeirantes
Rio de Janeiro
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