DOR QUE ARRANHA
Unhas cravadas.
Ainda sinto um gosto
de amor, se esvaindo.
Ainda pinto um resto
de cor no retrato sem
dó, que me olha atrevido.
Um gemido nem sempre
é de dor, ou de prazer.
Gememos pra esquecer,
que um dia fomos atingidos
Corremos pra dormir o que
sonhamos, distraídos.
Um dia só a cicatriz: a unha
e o gosto de dor, passarão.
LuciAne 31/07/2008
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