Na solidão
Na solidão
Andar sem rumo,
não estar em lugar algum
estando dentro
das almas
olhares
do cosmos.
Degrau
após
degrau
após
degraus.
Há pó em meus pés.
Lucidez que me falta
que sobra
em luz
acidez
do suor em minha pele.
Apelos vãos.
Tantos sons
tímpano que treme
temendo
a explosão
que um dia virá.
Estou
sem rumo, sem prumo.
Nau que navega só.
Mauro Gouvêa
Ouro Fino, 19/04/2001