Sol.

No recanto ao sul, perto da toca do amante.

Uma lagoa que reflete a sol poente,

De noite a cópia tremula da lua.

Tocar a sombra não é amar sinceramente.

Em algum lugar, existe o dia que não acaba,

Seis meses em que a noite perdura.

E é tão frio.

Ter lua tão distante, refletida... em rostos,

Parecidos, somente parecidos, às vezes com o mesmo nome.

Profunda a lagoa dos amantes,

Sufoca, afoga, é pesada.

O tempo é raro, artigo em falta,

Às vezes os dias são rasos.

Quem sabe do outro dia, eu traga a foto,

Duma lua diferente, ou nascente,

Para observar sem medo o sol poente.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 12/08/2008
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