Canção ao Vento

Este gosto amargo que sinto em só

Estar como quem ama o vento,

No meu peito é um tiro, um grande nó,

De quem segue a vida num desalento...

E pensar nas tuas formas raras, que partiu...

Se vivo a chorar, a gritar é que ainda tenho

Os desejos de alguém que não me viu...

Que esta alma lembra dos bons que não desenho!

É como a água da chuva que cai sobre mim,

Ainda que no castelo clamo e canto,

Num lago minhas lágrimas seguem enfim,

E me torturo ao choro sem aquele manto...

Hilton Luzz
Enviado por Hilton Luzz em 18/02/2006
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