A semente do amor crescia
com as lágrimas da guerra,
e doía no coração
o resultado das batalhas.

A beleza da natureza
estava por trás das barreiras
e o futuro padecia
dentro das trincheiras.

O mar, apenas um cabo
a água, imprópria ao nado.
O vento trazia o grito das armas
e a carne em óbito se transformava.

Os contentores escondiam
os fetos rejeitados,
e as mães que pariam
viam os seus filhos soldados.

O amor a céu aberto
pela lei era pecado,
o sol quando dormia
o recolher acordava.

Tempos de guerra
que muitas vidas levaram,
tempos de guerra que sobrevive
em tempos de paz.

Ulisses Maia
Enviado por Ulisses Maia em 28/08/2008
Reeditado em 01/09/2008
Código do texto: T1149741
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