OLHOS MOLHADOS
Uma dor logo ali, imponente:
pronta em mim, galopando
em nós.
Uma dor de extremos,
de dedos finos em riste.
Ela só, é poesia triste,
inteira.
Uma dor de cabeceira,
de cama e quarto;
De parto e olhos cerrados.
Não olho para os seus olhos
molhados...
Fujo de mim, para outros lados
que me aceitem de partida.
LuciAne