OLHOS MOLHADOS

Uma dor logo ali, imponente:

pronta em mim, galopando

em nós.

Uma dor de extremos,

de dedos finos em riste.

Ela só, é poesia triste,

inteira.

Uma dor de cabeceira,

de cama e quarto;

De parto e olhos cerrados.

Não olho para os seus olhos

molhados...

Fujo de mim, para outros lados

que me aceitem de partida.

LuciAne

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 02/09/2008
Código do texto: T1157602
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.