Para d'oxigênio. (primeira aversão)
Só não diga assim
que não consegui lhe amar
olhe bem pra mim
deixa eu contar a minha versão...
se pra mim sorria
meu coração parava
para valer meu sono
as vezes não lhe via
devia dar uma volta
mas não sabia como
e de tanto pensar
amanhecia o dia
mas você
tão pouco percebeu
que o chato pra mostrar suas vontades
quase sempre perdeu
mas você
tão pouco percebeu
que quem não passava bem nessa historia
sempre era eu
queria lhe escrever
lhe descrever em prosa
mas tudo com você
já era poesia
poeta, tato, tanto
que hoje me espanto
saudades de você
me escurece o dia
dia desses
talvez nunca mais volte
revolta de uma vida
a tanto amar
e o mar
que hoje separa nossas mãos
me lembra de uma fina dor no peito
e vontade de chorar
chorar nunca me fez tão bem...
também peço desculpas por ser triste assim
não sei de quem é a culpa, mas sobrou pra mim
agora o que me resta é chorar então
regar o que há de cravos em meu coração.
14 de março de 2008.