O caminho para sempre

É o ar faceiro que bate entre as cortinas.

Não avisa sua chegada, também não é inevitável.

A brisa da noite, a chuva gelada que bate contra o meu rosto e faz feridas, feridas nas quais não reconhecem sua origem.

São passos em falso;

A serpente nos olhos;

Os ares não respiráveis pelo pulmão.

A entrega de almas, e o engolir da matéria.

Age devagar, mas em pontos ruins, no qual o sentimento não envolve.

O olhar passa longe da face amada.

O ódio predomina.

Os carros param, os sinais fecham.

Os males sobrevoam a favor do seu coração.

A câmera é desconhecida.

Os laços não duram presentes bonitos.

Não é possível dizer adeus, as cordas vocais não funcionam mais.

A raiva atirada contamina as águas em comum.

São arrepios doentios, persistentes à lua que não aparece mais, está encoberta com nuvens negras e cruéis.

As vozes das pessoas se confundem com o ruído do chamado, aquele que sou obrigada a atender.

Não tenho alternativas, de todos os caminhos que tinha restou apenas o pior.

O coração bate mais devagar, garotos não me fazem mais chorar.

A corrente elétrica de solidão e compaixão me domina e deixa-me sem palavras;

Deixa apenas um punhado de flores murchas mal cheirosas, que são trazidas pelo norte ao vento...Sete palmos sobe o chão, com tramas e recordações da vida amena.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 16/09/2008
Reeditado em 24/07/2010
Código do texto: T1181829
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