O Vencedor
Revivendo minhas memórias
Hoje em meu leito de dor
Fiz da morte a minha história
Do silencio meu amargor
Venci batalhas sangrentas
Bebi sumo de leões
Dilacerei carnes sangrentas
Matei justos e vilões
Pisei sobre criptas quentes
Batizei a Ira e o Ódio
E numa alegria descontente
Amei o Sujo e o Sórdido
Nesta última noite com vida
Vejo anjos desolados
Como música em sonhos ouvida
Em lágrimas meu rosto é banhado
Em ritmada agonia
Compreendo da vida, a ironia
O herói desse teatro de horror
É o verme o vencedor.