Sumistes
Sumiste da minha vida como cão foge da cruz
Por não saber o porque veio em seu paradeiro
O licor azedo da sua existência em doce vida
Encadeada pela sucumbia alma em profecia
Sumiste da minha vida sem cheiro algum de pó
Em que suas asas nunca foram brancas ou marfins
Seus olhos no iluminar de clarividência sumiram
Apenas sumiste em dar alguma explicação
Sumiste da minha vida pelo fato de morrer
E ser enterrado sem pompa ou glorias gentis
Sem que ao menos um selado beijo lhe desse
No dia quente de inverno que você desfaleceu
Sumiste sem motive algum ou aparente
Apenas quis sumir para poder viver sua vida
Destroçando a minha em pedaços de carne
Expostos ao sol que fez ressurgir minh’alma
Sumistes sem motivo, hora, cheiro.
Deixaste-me livre para seguir meu rumo
Com o coração maculado de ódio e rancor
Apenas sumiste, para viver um novo amor.