Reviravoltas
Em prosa e verso vou montando essa canção
Que fala de amor, de olhares, de paixão
De alguém que entregou seu coração
A outro que o destrata sem razão
Ela chora, ele sorri com maldade
Pois sabe que ela sente saudade
Do tempo antigo, da ilusão, da eternidade
E, vil, desdenha a sonhada felicidade
A moça pede com ternura dobrada
Mais uma chance, juntos na estrada
E recebe em troca, o vazio, o nada
Um eco que foge e some, vaidade
Mas um dia, a certeza há de chegar
E esse homem de novo a amar
Um novo alguém, um breve sonhar
E sentirá o mesmo que a moça fez passar
Hoje é ele quem chora
Por alguém que o ignora
E andando pelas ruas, sem hora
Sente-se perdido, infeliz e sem alento
por ter causado, outrora, o mesmo sentimento.