A RUA, SEUS DONOS E A MISÉRIA

Pelas ruas vago a esmo
Solitário em busca do nada
Em farrapos becos me escondo
Desviando dos sentimentos ruins
E busco no vazio do hoje
A culpa para os tormentos de outrora.

Chuva, frio e neve
Semelhantes em constantes desventuras
Pares que me cercam em busca de calor
Nem de longe lembram uma sociedade
Uns se abrigam, outros apenas se destroem
Vida dura, quase amarga, assim sem valor.

O abrigo – o túnel úmido e gelado
A cama – o duro frio da laje de baixo
O teto – o cordão da noite sem luar
A companhia – o silêncio da madrugada
O amanhã – sempre incerto e desconhecido
A certeza – um futuro sofrido e amargurado.

Perda...
Tristeza...
Sofrimento...
Loucura...
O fim...






Obs. Imagem da internet



Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 27/10/2008
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T1250978
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