Chuva

Quão grande sois

Ó chuva, pois

Afluis robusta!

Reinas augusta!

Chegas ao raso

Ganhas o ocaso

Em cada flor

Pulsa teu amor.

Calores o ermo,

O campo enfermo,

A fértil terra

Que vida encerra

Nesse recanto

Ouço teu canto.

Naquele vão

Teu coração.

Riso celeste

Vives no agreste

Também no gelo.

Oh! Quem não vê-lo?

Não és, porém,

Tu, nem ninguém,

Igual. Maior

Que a minha dor.