Tristes estão

Tristes estão os meus olhos pelo que vêm

Tristes estão eles porque os amordaço com a dor do desentendimento

Pelo desengano

Pela amargura a que nos sujeitamos porque amamos…

E como amamos

De pose incondicional e força que nos segura à vida…

Deambulamos madrugadas soturnas pela entrega total…

E que nos resta?

Somos abandonadas nas trilhas do desespero em lágrimas de saudade…

Dói e queima a chama que arde no coração

Arde com imagens, histórias e lendas

Entre momentos e vazios que nos ficam, feridas abertas…

Quão abertas estão…Com â angustia da perda

E os erros que não se desfazem…

Como dói a alma

Num fito perdido

Num ritual sagrado

Inebriado por solidão…

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 25/03/2006
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