Quando me perguntaram por ti
Quando me perguntaram por ti
Cabisbaixa pus-me a refletir
De que adianta tanto amor
Se hoje só restou do mel, a dor
A felicidade pelos dedos escapou
A necessidade de ser feliz desaprendi
Enganada, sofri, quando meu mundo desabou
Mantenho, sentida, um triste sorriso
Que as flores da alma murcharam
E que de novas preciso
A poeira da estrada da Vida é minha companheira
Mostrou-me sem dó, sua face verdadeira
Ilusões não possuo, a realidade é crua
Minha alma aqui exponho, fluida e nua
E quando o sol nascer, após o breu da noite fria
Seus raios cálidos quero absorver
E novamente renascer
Para que me liberte da angustia de sofrer
E tornar mais leve meu viver
Não peço tesouros
Não procuro ouro
Não faço propostas
Não cubro apostas
Quero da Vida sossegado suspiro
Do amor, breve brisa que respiro
Ao mundo desejo paz em intensidade
E encontrar finalmente a felicidade