Cada poça dessa rua tem um pouco de minhas lágrimas

A chuva me embriaga em vapor no causar doentio

Refruta-me a reverência ao sentido exposto da dor

Disecando cada veia de sangue que pertence agora

Ao corpo exposto ao chão diante da torrencial em aguas

Acordes abrutecidos me corrompem os ouvidos nos dias

Olhares que me desnudam, entregam a minha livre alma

Abandonei meus sonhos no banco sujo da praça da sé

Onde a agua que cai do céu, os levou embora na lama

Coração aprisionado pelo não perdão ainda detido a vós

Não há onde possa resistir a presença do perdão puro

Respiro... Abro os olhos e a chuva continua a cair

Queima em meu corpo o sofrer que em gotas sinto

Sol, onde está a sua luz que um dia me iluminou?

Encondida, proibida nas ruelas da cidade cinza?

Ou no coração que empedrou dentro da tua humanidade?

Dor, sentimentos, mágoas, não houve perdão assim

O que me fosse ideal, faria como as aguas que me abanham

A chuva evoca o intenso pesar do mundo teu em mim

Embassam os meus olhos que não tem enxergam mais

Embassam a tua vida que agora, se foi com a chuva...

(Poesia Dedicada ao Meu Fã Clube)

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 29/11/2008
Código do texto: T1308981
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