Cada poça dessa rua tem um pouco de minhas lágrimas
A chuva me embriaga em vapor no causar doentio
Refruta-me a reverência ao sentido exposto da dor
Disecando cada veia de sangue que pertence agora
Ao corpo exposto ao chão diante da torrencial em aguas
Acordes abrutecidos me corrompem os ouvidos nos dias
Olhares que me desnudam, entregam a minha livre alma
Abandonei meus sonhos no banco sujo da praça da sé
Onde a agua que cai do céu, os levou embora na lama
Coração aprisionado pelo não perdão ainda detido a vós
Não há onde possa resistir a presença do perdão puro
Respiro... Abro os olhos e a chuva continua a cair
Queima em meu corpo o sofrer que em gotas sinto
Sol, onde está a sua luz que um dia me iluminou?
Encondida, proibida nas ruelas da cidade cinza?
Ou no coração que empedrou dentro da tua humanidade?
Dor, sentimentos, mágoas, não houve perdão assim
O que me fosse ideal, faria como as aguas que me abanham
A chuva evoca o intenso pesar do mundo teu em mim
Embassam os meus olhos que não tem enxergam mais
Embassam a tua vida que agora, se foi com a chuva...
(Poesia Dedicada ao Meu Fã Clube)