Amor e perdição.

Das cinzas ao pó

Em uma dança etérea

Abrindo as portas para velhas lembranças

Consumidas pelo fogo da solidão

Correndo através dos corredores silenciosos

Relembrando a tristeza e saboreando meus desejos

Tropeçando em erros e reerguendo-me

em sonhos fragmentados

E com minha voz invoco as almas perdidas

Das velhas gerações de bruxas e druidas

Despedindo-me de qualquer razão e pudor

Entregando aos velhos Deuses minha vida

E libertando-me das velhas mentiras

Alçando as varandas sombrias

E deixando em sua vista a chama das velas

Que guiaram meu lorde para os aposentos

Gélidos e sem vida de uma tola amante

Já é tarde demais para pedir teu toque?

É tarde demais para desejar que esta noite

O crepúsculo de nossos desejos se funda

A nossas almas errantes?

Por quantos séculos ainda me perderei

Nessa fantasia de amor e perdição?

Bêlit
Enviado por Bêlit em 06/12/2008
Código do texto: T1321857
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