Flecha mortal.
Como se fosse uma flecha a perfurar meu coração
Era o amor que adentrava em minha alma
E por mais que me recusa-se a deixá-lo em mim
Ele foi mais forte e era como se todo um crepúsculo
Banha-se meu corpo naquela noite de lua cheia
Os sons que o vento trazia até meus ouvidos
Eram sussurros sedutores de uma jovem amante
Pena que aquela flecha teimava em me ferir
Queimando tudo dentro de mim
E quando em meio à loucura da dor
Tentava remove-la, eram as suas mãos.
Que a segurava mais fundo e fazendo o sangue jorrar
Eu enlouquecia sem saber para onde ir
A dor me confundia e me fazia cair em seus braços
Hoje a ponta da flecha ainda está em mim
E eu não consigo removê-la
Agora aguardo apenas pelo meu fim
Um guerreiro sem estandarte e sem amor
Repousando nos vales incertos de teus lábios
Talvez, a culpa foi minha quando não notei,
Em seus olhos que o brilho do amor não passava de fantasia...