Flecha mortal.

Como se fosse uma flecha a perfurar meu coração

Era o amor que adentrava em minha alma

E por mais que me recusa-se a deixá-lo em mim

Ele foi mais forte e era como se todo um crepúsculo

Banha-se meu corpo naquela noite de lua cheia

Os sons que o vento trazia até meus ouvidos

Eram sussurros sedutores de uma jovem amante

Pena que aquela flecha teimava em me ferir

Queimando tudo dentro de mim

E quando em meio à loucura da dor

Tentava remove-la, eram as suas mãos.

Que a segurava mais fundo e fazendo o sangue jorrar

Eu enlouquecia sem saber para onde ir

A dor me confundia e me fazia cair em seus braços

Hoje a ponta da flecha ainda está em mim

E eu não consigo removê-la

Agora aguardo apenas pelo meu fim

Um guerreiro sem estandarte e sem amor

Repousando nos vales incertos de teus lábios

Talvez, a culpa foi minha quando não notei,

Em seus olhos que o brilho do amor não passava de fantasia...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 17/12/2008
Código do texto: T1340617
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