É SONHO SEI, JÁ NÃO ME ENGANO
É sonho sei, já não me engano!
Em demasia belo, disforme
Com a graça dos arcanjos, dorme
Vélo-te por amor, não sei o quanto, mas amo!
Percebo a lua, que te beija dissimulada
E todo o céu de ti se aproveita
Encabulando lírios, roseiras
Despertando cervos, aos pés da alvorada...
E eu, no infinito das lembranças, procuro
Onde esculpimos nossos anseios?
No macio da madeira de meio?
Ou no duradouro mármore duro?
Em meus pensamentos te chamo, te amo!
Tudo terminará bem, digo
Não se faz necessário tamanho castigo
É sonho sei, já não me engano...
M.A.S.P.