IMENSO DESALENTO

O dia se arrastou lento

tal qual os outros dias

um marasmo, um desalento,

sem versos, nem sequer poesias...

Onde anda minha inspiração?

Decerto no mesmo lugar que os meus pensamentos

um vazio enorme, uma grande solidão

tomando conta de mim em todos os momentos.

O lusco-fusco já anuncia o breu noturno

a ausência de sons aumenta meu tormento

tudo se queda num silêncio soturno

agigantando ainda mais o meu entorpecimento

tento achar os motivos dessa apatia

não consigo, foge-me qualquer tipo de discernimento

só sei que estou assim dia após dia

como se a vida fosse um enorme muro cinzento.

Como me livrar desse mal agourento?

Como sair dessa angústia latente?

Estendo as mãos, numa súplica ao vento,

mas o mundo passa por mim, indiferente...

Sônia Maria Grillo

(B@by®)

05.04.2006

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 06/04/2006
Reeditado em 06/01/2009
Código do texto: T135006
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