Não sei mais o que fazer,
quais voltas certas a dar,
para poesia escrever,
e minha Alma libertar.

Sinto que neste vazio,
as palavras escasseiam.
Na alma já não confio,
Emoções ja se me rareiam

Não quero mais as rimas,
que me sufocam, ferozes!
Não quero regras simétricas,
Que me espartilham as vozes...
Quero escritas, não patéticas!
Renego as Obras-Primas!

Será isto cobardia apenas?
O que sinto dentro de mim?
Que faço a esta letargia,
Que m’assola dia a dia,
Numa frustração sem fim?
Esmoreço, nas minhas penas!

Tento, mil vezes, sem conta,
Acertar um simples tema,
Rabisco, apago, desisto,
Nao consigo gerar Poema!

Outros insistem, que seja
A Poeta, que nunca serei,
Um caos em mim, lateja,
Minha mente não tem Lei!