Estrelas
Cada estrela q'eu vejo, eu a toco,
E tocando-o n'alvura colossal,
Vejo, no transluzir resplandecente
A ilusão formadora de meu mal.
E no brilho reunido, eu a toco,
Tal qual criança no tocar singelo
E a ilusão unindo-se nas trevas,
Une-se a mim, formando tenaz elo
E todo céu desfaz-se em fumaça
Em brilho universal forma a carcaça
De meu próprio fantasma em mim se unindo,
E cada estrela sai do céu caindo...
E cai o choro, todo, na desgraça.