Vai... e conta a nossa história...
Vai buscar tua liberdade, pomba errante
E no caminho animar-te-às as serpentes
Deixa em paz esta pobre retirante
A morrer de amor à sombra dos ausentes.
No ninho efêmero conforte o teu sonho
E na dor do prazer não penses em mim,
Pois no pesar deste tédio medonho
Desde o princípio degustei o meu fim.
Vai e conta a outra a tua vitória
Diz que ao menos uma vez foste amado
Como nunca registrou-se em tua história.
Vai e leva no bico esta flor calada
Que não é capaz de falar numa glória
De algum homem só, que floriu a jornada.