TRISTE CANÇÃO
Uma triste canção
Embala a inconstante fragilidade
Do meu coração
A coincidência
De dois olhares
Na cadência de
Único amor
São folhas de outono
Que se desfolharam
Carregando consigo
Os meus sonhos
De algum dia
Me transmutar
Em um ser que
Que pode...
Quem sabe voar?
Ou ainda se apaixonar?
Minhas forças minaram
Meus suspiros agora forçados...
Vejo o rosto da morte
Com a alegria pueril das crianças
mortas...
Sinto-me protegida,
Pelo seu ardor, horror,
Amor...
Um medo assim...
Parece instalar-se em mim,
O que temo
Não é morrer
Mas viver distante de você.
Então eu faço uma oração
E esqueço toda dor.
Penso apenas em Deus
Meu Criador...
E tento compreender
A razão ilógica de tanto amor,
Feito não para se esquecer,
Mas para se recordar
Mesmo depois de morrer.