REVELAÇÃO
Eu olho para o teu rosto
E me vejo em oposto.
O tempo me fez perceber
Que dolorosa é a solidão,
Mas que estar sozinho
Conforta-me a alma
Quando percebo que a tua falta
Tanta falta já não me faz.
A verdade sempre chega
Quando mentiras tantas
Florescem em um triste jardim.
Em oposto ao teu rosto,
Já livre de tanto desgosto,
Os inversos da amarga vida
Rompem a cinzenta redoma,
Revelando a verdadeira face,
Escondida em tristes prantos.
Eu sou o que deverias ter,
Tu és alguém que não mais quero ser.