EU GRITO
Eu grito...
Para que a dor em meu peito
Se exploda em prantos
E se espalhe em delírio
Eu grito...
Para que todos saibam
Que estou vivo
E não um cadáver
Que tem mais osso que carne
Eu grito...
Para que minha amargura
Se torne mais doce
E não se torne loucura.
Eu grito...
Para que todos escutem
A voz do meu canto sofrido
E o eco – do meu peito invadido
Eu grito...
Para deixar de sofrer
E aliviar o sofrimento
De uma vida em movimento
Cujo silêncio
É o pior dos tormentos.