TODA UMA VIDA

Em ruínas, as muralhas

dos castelos construídos através do tempo.

Em pedras soltas, toda uma vida

erguida nas fantasias.

Hoje as ruínas encobrem os sonhos,

se faz estranho, feito de sombras,

objeto de saudade.

Caminho pelas quedas internas,

sem os requintes das festas

em dourados pelas paredes.

Apenas escombros, rescaldos de existência.

Toda uma vida em pedaços,

em ruínas de castelos,

ilusórios trechos vazios,

sons silenciosos dentro da noite.

Ruiu mais uma muralha,

silenciosa quedou uma lágrima,

mais uma pedra entre tantas

que hão de rolar como todas,

levando toda uma vida de fantasias.