Muito perto do lago e distante do céu

Foi numa tarde de outubro que eu vi meu amor.

Seus olhos não encontraram os meus,

E nem vão encontrar,eu corri para longe,

E no escurinho da floresta compus um poema

De folhas e galhos, infernizei o curupira e ele

Me deu uma flauta, onde, com doces notas,

Toquei um nome, para as estrelas ouvirem.

A menina não voltou, e o menino cresceu, se tornou homem,

A menina esqueceu da floresta.O menino fez um poema.

Quem tinha flauta, tocou.Quem tinha amor, chorou.

E a noite, que tinha frio, tremeu.

Mas veio o sol, para esquentar os amores noturnos,

A lua fugiu...como o menino...

Ela não tocou uma flauta para o amor do sol

Nem chorou num canto esquecido...

Apenas se foi, e continuou indo... até acabar o caminho ...

E ela foi indo, indo, indo,

Até acabar o caminho...