Afogado no mar do próprio sangue.

Estou endividado ,sem trabalho

A corda cada vez mais no pescoço se aperta

Infeliz que nunca acerta

Nada sou,nada valho.

Trabalho decente,um teto,na mesa um prato de comida

Respeito,carinho de pais

Nada disso tive na vida

Isso foi pedir demais.

Estou num beco sem saída,perdido

A solidão me envolveu em seu laço

A desdita segue o passo

Deste "viciado",doente,falido.

Confesso que estou desesperado

Não desejava fenecer mais cedo

Do Anjo Negro tenho medo

Queria ter outro caminho tomado.

Nas para a sarjeta jamais vou,eu digo

Debaixo de uma ponte meus dias findar

Não fenecerei com um maldito mendigo

Do que isto acontecer é mais fácil o ienferno congelar.*

A "luz no fim do túnel" não existe

Para erros da Natureza como eu

Estou imensuravelmente triste

A desilusão lentamente me corroeu.

A lâmina aguçada

Veias e nervos exporá

O osso lugubremente brilhará

Sob a pele tão delgada.

Escorrerá o rubro liquido

Gota a gota pelo empoeirado chão

Deixará de sofrer um coração

Me livrando de um futuro tão insípido.

"Murro em ponta de faca" não mais hei de dar

Cheguei no limite,o peito chora,exangue

Que modo mais deplorável de a vida a abandonar:

Afogado no mar do próprio sangue!

*é mais fácil o infernno congelar do que isto acontecer.

Arcanjjus Negrus
Enviado por Arcanjjus Negrus em 05/04/2009
Reeditado em 05/04/2009
Código do texto: T1524356